Portugal de Férias: um País de Havaianas
Portugal passou de uma país de tanga a um país de havaianas...e pelado!
O Rei vai nu mas calçado com a onda de havaianas brasileiras que invadiu o país, presente em todas as superfícies comerciais e pontos de venda, a gosto de quem vai de férias e a arejar os pés.
Já sabemos que a política interessa menos que as fofocas sobre as vidas públicas patentes nas revistas cor-de-rosa sobre a Merche Romero, a Ana Malhoa, a Alexandra Lencastre, etc, etc....
Sabemos porém que as forças de pressão não dormem e quiçá as forças de bloqueio estejam adormecidas dentro dos jornais e revistas, a banhos na praia dos Tomates, da Rocha ou outra mais na moda. Quem não se interessa mesmo é o público dos Festivais de Verão, a curtir a música e os chôpinhos gelados, seja no Sudoeste, seja em Paredes de Coura, seja na Rebordosa (sim, essa mesmo, financiada pela fábrica de móveis e a não perder para o próximo ano).
Sabemos que a força de evasão ou de implosão do país, conforme as perspectivas do copo cheio ou do copo vazio, está directamente relacionado com a força propulsora da máquina do big brother partidária e aconómica-financeira.
Sabemos que o grupo de pressão do ISCTE para a implementação do sistema Linux para o Plano Tecnológico terá servido de força propulsora para a entrega do ouro do nosso país à Microsoft.
Sabemos que a força de propulsão, entenda-se sempre de pressão, económica e financeira da banca atira a máquina do estado para grandes contrapartidas fiscais, em detrimento do tecido empresarial português a braços com os buracos negros da falência e da inoperância ineficaz da Administração burocrática estatal.
Sabemos que a força de propulsão da ineficácia e do desespero na cobrança de impostos impôs o rol dos caloteiros, devedores públicos reincidentes e sem arrependimento, exibidos na praça pública com o arauto da intolerância absolutista montado num asno de 3 patas.
Sabemos que muita coisa anda no ar e que as coisas acontecem, andam por aí e "alguém as há-de fazer" numa teoria conspirativa que para além de obscura, é mesmo secretista, mas existe: contrariamente ao que Pacheco Pereira diz amiúde contra as teorias conspirativas nas coincidências dos factos, é interessante que a nau da nação sem rumo se oriente para um azimute incerto, na confusão dos múltiplos disparos a varrer quem quer se lhes oponha ou apareça no meio.
Simultaneamente, das ditas opções estratégicas dos Srs. Dirigentes do Poder na Nação das havaianas, segue em jeito de samba o carnaval do descaramento e do despudor da falta de compromissos sérios com as opções de reformas necessárias e da sua comunicação focalizada no único objectivo de levar esta nação a alcandorar-se nos lugares cimeiros do desenvolvimento.
O risco das opções estratégicas desintegradas e inconsistentes deste aparalho estatal é de termos um Plano Tecnológico e a maior iletracia da Europa, é termos computadores em todas as estações dos correios mas os utilizadores só receberem e-mails de 4 entidades patrocinadoras do processo, é ter ADSL em todas as escolas mas continuar a registar graus de reprovação a português e matemática sem igual até nos inícios do século XX, é termos, é efectuar alterações curriculares na educação e amanhar mezinhas a contrajeito quando as coisas correm mal inexplicavelmente.
O Rei vai de férias, mas vai calçado de havaianas: vai nu mas vai garrido, muito macambúzio e a dizer mal de tudo.
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