O comentário ao artigo GNR impostos EOS, sobre a oferta de um descápotável à GNR torna este estado de coisas ainda mais hilariante, quanto sabemos que ninguém dá nada a ninguém...e como dizia João César das Neves, "não há almoços grátis"!
Tanto quanto sabemos, por alguma razão uma empresa "oferece" um carro deste calibre à GNR e não é preciso ter grande capacidade de imaginação ou criatividade para assim não precisar de confirmar a informação...de alguma maneira saiu dos nossos bolsos ou por compras de outros veículos da marca em circunstâncias que desconhecemos, pois por concurso público é o pressuposto para o cumprimento de requisitos expostos em caderno de encargos...
Mas ainda assim, estava exposto nesse mesmo concurso que haveria esta oferta ou da sua necessidade? Os concorrentes ao concurso estavam em iguais circunstâncias de efectuar semelhante oferta em igual valor ou categoria de veículo? Quem foram os concorrentes, a BMW, a AUDI, a MERCEDES, outros, como a SKODA, etc? Está assumido pelos "players" do mercado que para ganhar concursos é necessário fazer ofertas? E como estará registada esta oferta nas contas do benemérito altruísta? E se assim é, o que dizer de outras entidades de policiamento e do estado? A que fim se destina este veículo? Porque não foi parar às "mãos" de outras forças policiais, com melhor aproveitamento de recursos, quando vemos junto dos nossos bairros da cidade alguns dos veículos de patrulhamento a "cair de maduros"? Há algum benefício em prol da cidadania e da segurança do estado e do cidadão? Será que o decisor de compras também levou um "carrito" entregue à porta de casa pela surra e como quem não quer a coisa?
Para suscitar tal comentário, algo se passa e onde "há fumo, há fogo"? Como o povo também costuma dizer, "a lebre foi levantada..." e como "quem não deve não teme"...que tal uma auditoria ao receptor e ao ofertante quanto à forma como esta oferta foi efectuada e divulgá-la publicamente? Talvez haja mais transparência, não?
Para além destas e outras questões que um tal comentário suscita, o tratamento por "tu" por parte do interlocutor, deve pensar que todos somos "camaradas de armas" e que o comum do cidadão deve ficar calado e com medo de ver a estranheza de um estado de coisas acontecerem em democracia, pelas quais os "senhores da guerra" tudo podem fazer sem que o povinho levante a crista e cale o pio!
Sem mais comentários relevantes desta parte e agradecendo a oportunidade de expôr as razões da incompreensão popular quanto ao processo e à forma como alguns ainda vêem a relação do cidadão com o poder e a autoridade, pois o estado de situação quase policial com que este comentário aparece, tipo "tá caladinho ou levas no focinho", meritórios de um estado pidesco, na sombra e no anonimato da denúncia dos bufos, a ponto de elevar a repressão e a liberdade em Portugal no ano de 2007, faz pressentir que anda no ar mais alguma significativa instabilidade e insatisfação em relação ao poder instituído, que lhes retira benefícios e regalias; não contra os indivíduos cidadãos e o povo, que é sempre o mesmo a sofrer pela injustiça social em exercício e alevar na cabeça à conta de tudo e de nada.
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