7.3.08

Serena borboleta

Já não há palavras para caracterizar tamanha arrogância e formas de comportamento perante a sociedade por parte daqueles que nos governam.

A situação dos dirigentes políticos actuais só é comparável,
primus inter pares, à situação no final da governação de Guterres, agora pautada por um horizonte absolutista de trajeitos maneiristas que escondem uma ditadura democrática "não saio, daqui ninguém me tira" ou noutras palavras, "não sou eu que estou mal, eles é que não me percebem".

A economia é a última a castigar os políticos, mas a primeira a fazer sentir os seus efeitos nocivos entre a arraia popular, sempre esperançados num dia diferente e para melhor. A bonomia do português é mesmo assim, desculpa-se até o piriquito que deixou de cantar ou o incidente "que podia ser pior".

O imperdoável nesta matéria é mesmo a mentira arrogante de quem quer mostrar serviço sem a consistência duradoura de obra a perdurar no tempo e na memória.

Num esquife à deriva do "salve-se quem puder" que "estou na torre de comando e para mim há-de sempre chegar", a luta de classe dos professores vem mostrar o quanto ainda há para fazer nesta terra de cegos, onde alguém anda a dizer que há luz mas ninguém a vê!

A serena borboleta a bater as asas pelas pradarias da insatisfação popular, gerará a breve trecho um turbilhão de ondas de choque desordenado a abater-se sobre cabeças de vento engalanadas.

Sem se perceber porque é que não há a coragem política para destituir este (des)governo, quando por muito menos o anterior Presidente da República mandou às couves um governo recém constituído, sem apelo nem agravo, fica a perplexidade de ver passar oportunidades: dizem as más línguas, que havia a "cozinhar na panela" um resguardo preparado para um menino do abono ou do abano partidário!?!

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