De que vale o esforço de investimento em recursos quendo a eficácia é duvidosa e a máquina burocrática se impõe ao cidadão e às empresas? Esta simples opinião reside no facto simples da constatação da tentativa de simplificação se torna mais complicada para o cidadão, a publicidade pode ter o efeito preverso de desencantar o cidadão e lograr as expectativas.
Para quem como eu viveu entre os meandros da máquina administrativa do Estado desde que tenho consciência e consquistou os seus primeiros escudos a trabalhar nas férias para ter algo mais a seu gosto, reconhecendo que a maior "expertize" quiçá mais "espertice" se baseava no conhecimento, vulgo cunha, ou na auto-comiseração de uns quantos funcionários para com os "pedintes" do sistema que na sua magnanimidade concediam o bodo aos pobres, é um quanto estranho a publicidade enganosa emanada pelo estado sobre as suas acções administrativas, em vez de incidir o seu esforço na mudança de mentalidade e cultura.
Senão, vejamos friamente, é reconhecido o esforço e a diferença entre simples 5 anos, ao que mantém-se como pertinente a questão da efectividade da eficácia do investimento. Ao que se segue:
1. Optimização de recursos
Parcialmente conseguida com as lojas do Cidadão, melhorando inclusivé as condições de trabalho de quantos ali estão as horas laborais. É talvez o ponto mais significativo na efectividade desta mudança. Melhorou o atendimento? Parcialmente. Mudou a cultura do convívio laboral eas idas ao café aos pares ou trios, revelando a ausência de chefia e coordenação, em vez de atendar rapidamente as pessoas e ajudar a resolver os seus problemas? É difícil mudar esta cultura...Há auditorias e blind visits? O desconhecimento do terreno é uma falha há muito perdida no tempo por parte dos srs. directores...
2. Pragmatismo
É sintomático que sejamos os melhores do mundo na arte do desenrascanso, qualidade enaltecida e reconhecida pelos nossos pares externos em todo o mundo e arredores, e nos falte a vontade para tratar das tarefas até ao fim e duma vez. Podem falar dos sindicatos e dos direitos dos trabalhadores, dos empregados e dos patrões, enfim, das antíteses bacocas dos séc. XIX e XX, mas o que interessa é uma verdade que um reconhecido académico da área financeira nos alerta: se as medidas correctivas não forem tomadas mais drasticamente, daqui a 5-10 anos somos os pedintes da Europa. A evitar este caminho, só uma estrégia de desenvolvimento sustentado, com as alíneas bem claras e exposto de forma transparente e justificadas é que será possível. A política porém, encarrega-se de obnubilar o fim do caminho e os usurpadores e sugadores dos bens públicos de hoje não estarão depois para sofrer as consequências.
Senão, que dizer do tão esperado cartão do cidadão anunciado há quase 6 meses, que só ano no 4º trimestre do corrente vai ser testado e disponibilizado apenas em 2007? Que dizer das reformas adiadas e inacabadas, perdidas entre guerras corporativas e deprimentes numa pura exibição da sanidade mental dos dirigentes?
Justiça, educação, saúde passaram de causas de uma revolução perdida para o bem comum para causas ocas de caos...semeiam-se ventos, colhem-se tempestades!
3. Síntese e eficácia
Apenas algumas questões se levantam neste sentido:
a) Os dirigentes e gestores deste país acham que os sites da administração pública recentemente propagandeados são sintéticos, pragmáticos, simples, entendíveis, chegam ao objectivo em 3 clicks, tudo na óptica do utilizador?
b) Os dirigentes e gestores deste país acham que a burocracia se simplificou de facto? Para criar uma empresa pela internet é necessário um certificado digital, daaaaaa...onde encontrá-lo? qual o link? Para se increver na central de compras do estado, idem; mas não se espantem pois acresce que temos de importar a ficha de inscrição e enviar todos os documentos legais e comprovativos-certidões de ausência de dívidas ao estado e segurança social (esta última não faz parte do estado, não é?). Querem uma sugestão? Proponham acessos simplificados às oportunidades e procedimentos administrativos, invistam na qualificação das pessoas e on-line da informação, no controle efectivo(fiscalização); comuniquem quais as penalidades para os incumpridores e actuem in loco sobre os faltosos de imediato(será na abertura dos concursos públicos)...concentrem energias naquilo que podem fazer, em vez de espalharem-na nas intenções do que nunca conseguirão acabar...
c) Os dirigentes e gestores deste país acham que é pelo facto de estarem a investir cegamente nos meios virtuais e a gastar o nosso dinheiro para fins cuja eficácia é duvidosa e incertos serão nos resultados, enchendo-a de "palha" ou como dizem os internaustas, de "yadayadayada", que conseguem tornar a administração mais transparente e simples para o cidadão e as empresas tendo passado a mesma burocracia obscura para o espaço virtual?
Em resumo
Só um país demente e exangue na sua própria anestesia do silêncio e da vergonha aguenta ainda esta corja de avençados do oportunismo e de impreparação política. O desnorte é total e a penumbra no caminho é assaz tenebrosa já para os cidadãos de hoje em dia, quanto mais para os vindouros...
Salve-se quem puder e cuidem-se senhores que o povo já anda a ferver no caldeirão da insatisfação há algum tempo...
Senão, vejamos friamente, é reconhecido o esforço e a diferença entre simples 5 anos, ao que mantém-se como pertinente a questão da efectividade da eficácia do investimento. Ao que se segue:
1. Optimização de recursos
Parcialmente conseguida com as lojas do Cidadão, melhorando inclusivé as condições de trabalho de quantos ali estão as horas laborais. É talvez o ponto mais significativo na efectividade desta mudança. Melhorou o atendimento? Parcialmente. Mudou a cultura do convívio laboral eas idas ao café aos pares ou trios, revelando a ausência de chefia e coordenação, em vez de atendar rapidamente as pessoas e ajudar a resolver os seus problemas? É difícil mudar esta cultura...Há auditorias e blind visits? O desconhecimento do terreno é uma falha há muito perdida no tempo por parte dos srs. directores...
2. Pragmatismo
É sintomático que sejamos os melhores do mundo na arte do desenrascanso, qualidade enaltecida e reconhecida pelos nossos pares externos em todo o mundo e arredores, e nos falte a vontade para tratar das tarefas até ao fim e duma vez. Podem falar dos sindicatos e dos direitos dos trabalhadores, dos empregados e dos patrões, enfim, das antíteses bacocas dos séc. XIX e XX, mas o que interessa é uma verdade que um reconhecido académico da área financeira nos alerta: se as medidas correctivas não forem tomadas mais drasticamente, daqui a 5-10 anos somos os pedintes da Europa. A evitar este caminho, só uma estrégia de desenvolvimento sustentado, com as alíneas bem claras e exposto de forma transparente e justificadas é que será possível. A política porém, encarrega-se de obnubilar o fim do caminho e os usurpadores e sugadores dos bens públicos de hoje não estarão depois para sofrer as consequências.
Senão, que dizer do tão esperado cartão do cidadão anunciado há quase 6 meses, que só ano no 4º trimestre do corrente vai ser testado e disponibilizado apenas em 2007? Que dizer das reformas adiadas e inacabadas, perdidas entre guerras corporativas e deprimentes numa pura exibição da sanidade mental dos dirigentes?
Justiça, educação, saúde passaram de causas de uma revolução perdida para o bem comum para causas ocas de caos...semeiam-se ventos, colhem-se tempestades!
3. Síntese e eficácia
Apenas algumas questões se levantam neste sentido:
a) Os dirigentes e gestores deste país acham que os sites da administração pública recentemente propagandeados são sintéticos, pragmáticos, simples, entendíveis, chegam ao objectivo em 3 clicks, tudo na óptica do utilizador?
b) Os dirigentes e gestores deste país acham que a burocracia se simplificou de facto? Para criar uma empresa pela internet é necessário um certificado digital, daaaaaa...onde encontrá-lo? qual o link? Para se increver na central de compras do estado, idem; mas não se espantem pois acresce que temos de importar a ficha de inscrição e enviar todos os documentos legais e comprovativos-certidões de ausência de dívidas ao estado e segurança social (esta última não faz parte do estado, não é?). Querem uma sugestão? Proponham acessos simplificados às oportunidades e procedimentos administrativos, invistam na qualificação das pessoas e on-line da informação, no controle efectivo(fiscalização); comuniquem quais as penalidades para os incumpridores e actuem in loco sobre os faltosos de imediato(será na abertura dos concursos públicos)...concentrem energias naquilo que podem fazer, em vez de espalharem-na nas intenções do que nunca conseguirão acabar...
c) Os dirigentes e gestores deste país acham que é pelo facto de estarem a investir cegamente nos meios virtuais e a gastar o nosso dinheiro para fins cuja eficácia é duvidosa e incertos serão nos resultados, enchendo-a de "palha" ou como dizem os internaustas, de "yadayadayada", que conseguem tornar a administração mais transparente e simples para o cidadão e as empresas tendo passado a mesma burocracia obscura para o espaço virtual?
Em resumo
Só um país demente e exangue na sua própria anestesia do silêncio e da vergonha aguenta ainda esta corja de avençados do oportunismo e de impreparação política. O desnorte é total e a penumbra no caminho é assaz tenebrosa já para os cidadãos de hoje em dia, quanto mais para os vindouros...
Salve-se quem puder e cuidem-se senhores que o povo já anda a ferver no caldeirão da insatisfação há algum tempo...
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