20.7.06


A estratégia do Portugalsoft: passar além do Adamastor Microsoft

Ainda não se tendo percebido claramente qual a estratégia para o país e quais as áreas críticas de sucesso para as quais devemos estar preparados para o futuro próximo, eis que são revelados aos poucos quais os contornos do negócio da (in)dependência virtual do nosso país para com a Microsoft.

Tendo vindo a público quais os números envolvidos no negócio do governo português para os próximos 3 anos com o gigante do software, não é de espantar que o Sr. Bill Gates venha mais vezes a Portugal do que vai à India. Penso até que foi um bug do sistema do XP, que causou o problema inexplicado dos recentes exames de física-química e teve de se deslocar ao nosso país para re-iniciar (reboot) o sistema para voltar a funcionar.

O Portugal virtual do Plano Tecnológico está em perfeitas condições de se tornar refém da Microsoft e esta matrix não é visível para todos, apenas para alguns infiltrados no sistema que são calados e aniquilados sempre que levantam a voz ou colocam em causa, questionam, criticam as opções tomadas por um governo pequenino na eficácia e grande na vã glória de se entregar nos braços do seu Senhor.

Sinceramente, pensei que o bodo chegara mesmo aos pobres como nós, pedintes da Europa e da América, quiçá de todo o mundo; pensei que a fundação Melinda e Bill Gates (http://www.gatesfoundation.org) tivera um extraordinário rasgo visionário e se lembrara de nós para nos ajudar a levantar aos mais elevados desígnios virtuais a educação, numa acção piloto da reforma educativa americana http://www.standup.org, quais descendentes da perdida Atlântida abertos à inovação tecnológica e aos ventos novos.

Desenganem-se porém todos os que esperam eternamente na fila deste Portugal inacabado e auto-condenado: se ainda tínhamos pouco, menos ficámos agora, pois os efeitos não se fazem esperar e eis que os sites do Governo são um exemplo de virtuosismo de webdesign para os pares nesta área e melhoram a olhos vistos para o cidadão em cada dia que passa; qual Fénix renascida das próprias cinzas, eis que voltamos a entregar o ouro dos descobrimentos a estrangeiros, colocando esperanças para além do Cabo das Tormentas e dando de mão beijada os nossos dados mais preciosos na mão do gigante Adamastor.

Sem valer a pena ficar na praia a ouvir as vozes incentivadoras do infortúnio e da desgraça dos velhos do Restelo, é mais proveitoso para este venturoso povo luso partir em novas demandas de horizontes novos: este povo já tudo provou no passado quando se muniu de coragem para além das suas forças; no presente momento, está a ruminar esperanças e a reunir forças para colocar na prancha mais uns dirigentezinhos que o maior feito do conhecimento foi desbaratar as energias da nação.

Veja-se o exemplo da justiça a ferro e fogo, dos funcionários da Administração Pública, da falência penhorada das Autarquias, da falta de respeito dos governantes para com este povinho mesquinho que nem merece ouvir desculpas, dos objectivos anuais falhados a meio do ano e justificados com pergaminhos de pó de arroz obnubilando os olhos dos curiosos do Diário Económico em descobrir mais 10 mil no saco azul das boas intenções(ver http://www.de.iol.pt) , entre tantos outros bons exemplos de administração pública que intervem em cerca de 70% na economia nacional e a esbanja em mordomias e oferece no Cabo das Tormentas onde este povo sofre as amarguras e a intempérie.

Acautelem-se senhores governantes, o povo há muito fervilha e remoi osso de presunto no caldeirão do desprezo a que o votaram...aprendam com o gigante adamastor e juntem-se todos numa fundação "LEVANTA-TE PORTUGAL" e talvez as vossas boas intenções colham frutos neste Portugalsoft.

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